Teve início esta semana a pós-graduação promovida pela Academia da Força Aérea Portuguesa “O Espaço na Defesa e Segurança Nacional”, resultando assim em mais um marco importante na concretização da Agenda New Space Portugal.
O arranque da formação contou com a presença do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Cartaxo Alves, e da Secretária de Estado da Defesa, Ana Isabel Xavier, que congratulou a instituição “pelo pioneirismo, rasgo e ambição” na realização desta formação, salientando a inevitável necessidade de integrarmos tecnológias espaciais nos sistemas de defesa do País, dada a forte “dependência de recursos espaciais, tanto para o sector público como privado, bem como para a sociedade civil”.
Nesse sentido, revelou, “o Governo inscreveu no seu programa o objetivo de dotar as Forças Armadas de capacidades que permitam assegurar, também no domínio do Espaço, as suas respetivas missões. Para tal, poderá ser interessante revisitar a Estratégia ‘Portugal Espaço 2030’ e a Estratégia ‘Defesa para o Espaço 2020-2030’, tendo em vista uma atualização atempada e oportuna, que acompanhe a dinâmica própria e em franca aceleração do sector espacial.”
Já o General Cartaxo Alves explicou que “esta pós-graduação será um fórum privilegiado de reflexão, que permitirá perspetivar um melhor conhecimento na área do espaço”, capacitando a instituição para “operar, apoiar e sustentar operações a partir de sistemas aeroespaciais”, servindo assim de “mais uma alavanca da construção de uma Força Aérea rumo ao futuro, moderna e tecnologicamente evoluída”.
A decorrer até ao final deste ano, a pós-graduação tem a direção do Coronel Pedro Costa, e esta primeira edição conta com a participação de 21 auditores/alunos: 14 militares e sete civis. A primeira aula realizou-se no auditório da Academia das Forças Armadas, em Pêro Pinheiro, e foi lecionada pelo Professor Doutor Fernando de Oliveira Carvalho Rodrigues, conhecido por todos como o ‘Pai do primeiro satélite português’.
“A importância do Espaço” foi tema em destaque no programa Sociedade Civil, da RTP2, que contou com a participação de quatro organizações que integram a Agenda New Space Portugal: GEOSAT, CEiiA, Omnidea e N3O.
Durante a conversa, discutiu-se o desenvolvimento que o setor espacial português está a viver e a capacidade de atrair e reter talento para os projetos inovadores em curso. Projetos que, ao longo da próxima década, ambicionam posicionar o País como uma nação espacial, promovendo a tecnologia desenvolvida em Portugal nos mercados globais de Sustentabilidade, Segurança e Defesa.
Também se abordou a necessidade de mecanismos de investimento eficazes que permitam ao País consolidar uma ‘economia do novo espaço’, reforçando a importância desta aposta num setor tão estratégico como o setor espacial, atualmente em aceleradíssimo crescimento a nível mundial.
Programa completo aqui.